quarta-feira, 26 de novembro de 2014

Referências bibliográficas:

LAGAR, Fabiana; SANTANA, Bárbara Beatriz de; DUTRA, Rosimeire. Conhecimentos Pedagógicos para Concursos Públicos. 3. Ed. – Brasília: Gran Cursos, 2013.
FERRARI, Marcio. Augusto Comte, o homem que quis dar ordem ao mundo. Disponível em:http://revistaescola.abril.com.br/historia/pratica-pedagogica/auguste-comte-423321.shtml?page=3#. Acessado em: 20 de fevereiro de 2014.
Site: educar para crescer
Site: info escola
FERREIRO, Emília. Alfabetização em Processo. São Paulo: Cortez, 1996.
FERREIRO, Emília; Teberosk, Ana. A Psicogênese da língua escrita. Porto Alegre: Artes Medicas 1985.
FERREIRO, Emília. Reflexões sobre Alfabetização. São Paulo: Cortez, 2001.

LOPES, Laura. A sala de aula do futuro. Revista Época, exclusivo online. 13 set. 2008. Disponível em: http://ww.revistaepoca.globo.com/revista/epoca/saladeauladofuturo.
HOJE, Jornal. Abandono da Escola Pública. Jornal Hoje, Central Globo.com, 21 fev. 2012. Vídeo Disponível em: <https://docs.google.com/open?id>
FERRARI, Márcio. Pierri Bourdieu, O investigador da desigualdade. Publicado em Especial Grandes Pensadores, 2008. Revista Escola. Editora Abril. Disponível http://revistaescola.abril.com.br/historia/fundamentos/pierre-bourdieu-428147.shtml
ALPHAVILLE eleva a desigualdade entre escola pública e particular em Barueri.  Folha de São Paulo, Cotidiano, 14 abr. 2008.  Disponível em: https://docs.google.com/document/d/1XMd0vCf7dl75u8bFfrxcxG4wudUXSGkV6A9lispUA1Q/edit?hl=en_US&pli=1 Acesso 17 nov. 2013
NUNCA tinha tido aula de inglês, diz uma aluna que mudou para escola particular. Folha de São Paulo, Cotidiano, 24 set. 2007. Disponível em: https://docs.google.com/file/d/0B6RRGXoT7E0yYTIwODFjZDctNzg2Yy00M2FkLWJhOTctZjlmYWNjZjdlNzc1/edit?pli=1 Acesso 17 nov. 2013.


terça-feira, 25 de novembro de 2014

Etapa 4 Passo 3



Teoria de Bourdieu e a Educação
  Pierre Bourdieu defendeu sua teoria se baseando no sentido de que o sistema educacional, em vez de ter uma função transformadora, reproduz e reforça as desigualdades sociais e faz com que a criança cresça sendo manipulada pela sociedade, perdendo sua identidade cultural.  As desigualdades sociais e culturais entre as classes para ele sempre existiram. O estudo de Bourdieu aponta as necessidades de ações educativas no interior das escolas, incorporando no sistema educacional brasileiro, uma escola de qualidade, democrática, para todos os públicos, que realmente acredita na transformação social. Para construir sua teoria, Bourdieu criou uma série de conceitos, como hábitos e capital cultural. "Ele acreditava que qualquer uma dessas tendências, tomada isoladamente, conduz a uma interpretação restrita ou mesmo equivocada da realidade social", explica Nogueira.
  Para Bourdieu, a escola é um espaço de reprodução de estruturas sociais e de transferência de culturas de uma geração para outra, e está diretamente relacionado ao desempenho dos alunos na sala de aula. Eles tendem a ser julgados pela quantidade e pela qualidade do conhecimento que já trazem de casa, além de várias "heranças", como a postura corporal e a habilidade de falar em público. Os próprios estudantes mais pobres acabam encarando a trajetória dos bem-sucedidos como resultante de um esforço recompensado, ou seja, a classe trabalhadora e pobre se sente prejudicada e na verdade é, pois a educação á cada dia que passa continua na mesma e piorando gradativamente, enquanto a “elite” mantêm seus filhos nos melhores colégios, com chances reais de alcançar melhores carreiras.
   Vale ressaltar que na maioria das escolas públicas o descaso é imenso, crianças ficam á mercê de uma educação falha, onde os governantes desse país não buscam alternativas concretas para mudar a dura realidade da Educação Brasileira. De norte á sul do país a dura realidade da educação não muda, pelo contrário em certas cidades o descaso é ainda pior, se encontra salas de aula com carteiras quebradas, faltando cadeiras para que as crianças possam se sentar, tetos desmoronando, e tantos outros problemas. A educação está em decadência á anos mesmo com tantos avanços tecnológicos e conquistas, faltam investimentos suficientes, no ambiente escolar, reconhecimento e reciclagem para os profissionais que dedicam suas vidas, para ensinar e educar crianças/ jovens e adultos.
  Apesar de tantas dificuldades e problemas, ainda encontramos professores motivados e que lutam por melhorias, que não se deixam abater e seguem em frente, apesar de tudo ainda acreditam na educação, pois sabem que só através dela que é possível transformar o mundo, um bom profissional é aquele que faz com amor e dedicação o seu trabalho, contagia á todos com sua força, garra e vontade de fazer com que seus alunos aprendam mais que uma matéria, mas possam levar para a sua vida tudo o que aprenderam.
Além do mais a união de todos é importantíssima, a sociedade tem que parar de cruzar os braços e reclamar, a população tem a responsabilidade de fazer a sua parte e ir à luta, só assim veremos a tão sonhada educação transformadora, capaz de mudar a vida das pessoas para garantir um futuro melhor.


Vídeo> Fala Brasil Condições precárias de escolas públicas 01/08/2013
Disponível no site do YOUTUBE 
Etapa 4 Passo 2


Teórico
Perfil
Época de Atuação
Contribuição para Educação

                                                                         Paulo Freire

(Paulo Reglus Neves Freire)
 Brasileiro

Nascimento:            19 de setembro de 1921
Recife, Pernambuco.
Morte:     2 de maio de 1997 (75 anos)
São Paulo, São Paulo.


Paulo freire defendia uma prática de sala de aula que pudesse desenvolver a criticidade dos alunos, Freire condenava o ensino oferecido pela ampla maioria das escolas (isto é, as "escolas burguesas"), que ele qualificou de educação bancária.  Ele dizia que, enquanto a escola conservadora procura acomodar os alunos ao mundo existente, a educação que ele defendia tinha a intenção de inquietá-los. Freire criticava a ideia de que ensinar é transmitir saber por que para ele a missão do professor era possibilitar a criação ou a produção de conhecimentos.

Por seu empenho em ensinar os mais pobres, Paulo Freire tornou-se uma inspiração para gerações de professores, Pelo mesmo motivo, sofreu a perseguição do regime militar no Brasil (1964-1985), sendo preso e forçado ao exílio, acusado de subversão, ele passou 72 dias na prisão. No final de 1971, Freire fez sua primeira visita a Zâmbia e Tanzânia. Em seguida, passou a ter uma participação mais significativa na educação de Guiné-Bissau, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe. E também influenciou as experiências de Angola e Moçambique. Em 1980, depois de 16 anos de exílio, retornou ao Brasil, onde escreveu dois livros tidos como fundamentais em sua obra: Pedagogia da Esperança (1992) e À Sombra desta Mangueira (1995).

A sua prática didática fundamentava-se na crença de que o educando assimilaria o objeto de estudo fazendo uso de uma prática dialética com a realidade, em contraposição à por ele denominada educação bancária, tecnicista e alienante: o educando criaria sua própria educação, fazendo ele próprio o caminho, e não seguindo um já previamente construído. Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência política.
Paulo freire em uma de suas primeiras experiências no Rio Grande do Norte, em 1963, ensinou 300 adultos a ler e a escrever em 45 dias, desenvolvendo assim um método inovador de ensino.

Quadro dos Teóricos

Etapa 4 Passo 2

             
Teórico
Perfil
Época de Atuação
Contribuição para Educação

Emília Ferreiro (Emília Beatriz Maria Ferreiro Schai - 1936 Argentina)







Dedicou-se ao estudo da alfabetização, deslocando o foco educativo dos processos de ensino para os de aprendizagem, dos métodos preconcebidos para a construção do saber na prática pedagógica. Discípula de Piaget na investigação dos processos de aquisição e elaboração de conhecimento pela criança, seu nome está ligado ao construtivismo.

Emília Ferreiro, pesquisadora argentina, radicada no México, tornou-se conhecida em toda a América Latina por sua investigação sobre o processo de aquisição da escrita, a partir dos postulados da teoria psicogenética de Jean Piaget. A perspectiva psicogenética inaugurada por esses estudos ficou conhecida, no Brasil, como construtivismo ou socioconstrutivismo. Na década de 1980, Emília Ferreiro realizou pesquisa tratando da mesma problemática com os adultos.  Emília é hoje professora titular do Centro de Investigação e Estudos Avançados do Instituto Politécnico Nacional, da Cidade do México.

. As descobertas de Emília levam a conclusão de que as crianças constroem o próprio conhecimento. A implicação é transferir o foco da escola e da alfabetização do conteúdo para o aluno. No processo, a criança passa por etapas, com avanços e recuos, até se apossar do código linguístico e dominá-lo. Duas consequências do construtivismo são respeitar a evolução da criança e compreender que um desempenho mais vagaroso não significa menos inteligência ou dedicação. Outra noção é que o aprendizado não é provocado pela escola, mas pela mente das crianças.

Etapa 4 Passo 2

Teórico
Perfil
Época de Atuação
Contribuição para Educação

Auguste Comte


Nascimento 19 de janeiro de 1798
Montpellier, França
Morte 5 de setembro de 1857 (59 anos)
Paris, França





Considerado pai do positivismo,
Dono de um pensamento profundamente ligado ao mundo da razão, ele dedicou a sua vida à tentativa de encontrar uma maneira de reduzir as relações sociais e a organização das sociedades às leis similares as das ciências exatas, podendo assim se fazer manipulações, previsões e tomar decisões no sentido de conduzir a sociedade ao caminho da unidade.
O nome do pensador francês Auguste Comte está indissociavelmente ligado ao positivismo, corrente filosófica que ele fundou com o objetivo de reorganizar o conhecimento humano e que teve grande influência no Brasil. Comte é considerado o grande sistematizador da sociologia.
O filósofo viveu num período da história francesa em que se alternavam regimes despóticos e revoluções. A turbulência levou não só a um descontentamento geral com a política como a uma crise dos valores tradicionais. Comte procurou dar uma resposta a esse estado de ânimo pela combinação de elementos da obra de pensadores anteriores a ele e também de alguns contemporâneos.
Na escola positivista a disciplina é reconhecida como fundamental obrigação da educação. Comte afirma que a infância é uma fase marcada pelas soluções teológicas dos problemas e que somente com as inferências do ensino científico é que a maturidade do indivíduo será alcançada. Para isso, na escola positivista os estudos científicos terão plena prioridade sobre os estudos literários e a educação terá por objetivo principal promover o altruísmo e repreender o egoísmo.

Etapa 4 Passo 2

Teórico
Perfil
Época de Atuação
Contribuição para Educação


Sócrates
(469 a.C. ou 470 a.C./ 399 a.C. 70 anos)







Sócrates costumava iniciar uma conversação fazendo perguntas e obtendo dessa forma opiniões do interlocutor, que ele aparentemente aceitava. Depois, por meio de um interrogatório hábil, desenvolvia as opiniões originais da pessoa arguida, mostrando a tolice e os absurdos das opiniões superficiais e levando o presumido possuidor da sabedoria a se desconcertar em face das consequências contraditórias ou absurdas das suas opiniões originais e a confessar o seu erro ou a sua incapacidade para alcançar uma conclusão satisfatória.
Nascido em Atenas revolucionou a Filosofia ao transferir a vocação questionadora da natureza física para a natureza humana, seus valores, verdades e fundamentos. Lutou como soldado na Guerra do Peloponeso. Ao final da guerra, quando a Atenas foi derrotada. Declarou-se a proibição de se ensinar ou discutir filosofia em público. Com a volta da democracia, anos depois, a situação do filósofo não melhorou. Após uma acusação forjada de blasfêmia contra os deuses, Sócrates foi a julgamento. Dizendo entre outras coisas que em vez de julgado deveria ser declarado herói — Sócrates acabou condenado à morte.
Sócrates diz que conhecimento possui um valor prático ou moral, isto é, um valor funcional, e consequentemente é de natureza universal e não individualista, e o processo objectivo para obter-se conhecimento é o de conservação; o sub-objetivo é de reflexão e da organização da própria experiência, e a educação tem por objetivo imediato o desenvolvimento da capacidade de pensar, não apenas ministrar conhecimentos.

Biografias

Etapa 4 Passo 1

Pesquisa Exploratória dos Teóricos

August Comte
  Isidore August Marie François Xavier Comte foi um filósofo francês, fundador da Sociologia e do Positivismo, trabalhou intensamente na criação de uma filosofia positiva.
  August Comte nasceu em 1798 em Montpellier, na França. Seus pais eram católicos e monarquistas fervorosos. Comte, que rejeitou as convicções dos pais ainda bem jovem, foi aluno brilhante, dos estudos básicos aos superiores, na Escola Politécnica de Paris. Nesse período, seu melhor amigo foi Henri de Saint-Simon (1760-1825), expoente do socialismo utópico, com quem viria a romper mais tarde por questões ideológicas. Comte trabalhava intensamente na criação de uma "filosofia positiva" quando sofreu um colapso nervoso, em 1826. Recuperado, mergulhou na redação do Curso de Filosofia Positiva, que lhe tomou 12 anos. Em 1842, por divergências com os superiores, perdeu o emprego de pesquisador na Politécnica e começou a ser ajudado por admiradores, como o pensador escocês John Stuart Mill (1773-1826). No mesmo ano, Comte se separou de Caroline Massin, após 17 anos de casamento. Em 1845, apaixonou-se por Clotilde de Vaux, que morreria de tuberculose no ano seguinte. Clotilde seria idealizada por Comte como a expressão perfeita da humanidade. O filósofo, que dedicou os anos seguintes a escrever Sistema de Política Positiva, morreu de câncer em 1857, em Paris.

A Lei dos Três Estados


  A filosofia da história, tal como a concebe Comte, é de certa forma tão idealista quanto a de Hegel. Para Comte "as ideias conduzem e transformam o mundo" e é a evolução da inteligência humana que comanda o desenrolar da história. Como Hegel ainda, Comte pensa que nós não podemos conhecer o espírito humano senão através de obras sucessivas - obras de civilização e história dos conhecimentos e das ciências - que a inteligência alternadamente produziu no curso da história. O espírito não poderia conhecer-se interiormente (Comte rejeita a introspecção, porque o sujeito do conhecimento confunde-se com o objeto estudado e porque pode descobrir-se apenas através das obras da cultura e particularmente através da história das ciências. A vida espiritual autêntica não é uma vida interior, é a atividade científica que se desenvolve através do tempo. Assim como diz muito bem Gouhier, a filosofia comtista da história é "uma filosofia da história do espírito através das ciências".
O espírito humano, em seu esforço para explicar o universo, passa sucessivamente por três estados:
a) O estado teológico ou "fictício" explica os fatos por meio de vontades análogas à nossa (a tempestade, por exemplo, será explicada por um capricho do deus dos ventos, Eolo). Este estado evolui do fetichismo ao politeísmo e ao monoteísmo.
b) O estado metafísico substitui os deuses por princípios abstratos como "o horror ao vazio", por longo tempo atribuído à natureza. A tempestade, por exemplo, será explicada pela "virtude dinâmica" do ar. Este estado é no fundo tão antropomórfico quanto o primeiro (a natureza tem "horror" do vazio exatamente como a senhora Baronesa tem horror de chá). O homem projeta espontaneamente sua própria psicologia sobre a natureza. A explicação dita teológica ou metafísica é uma explicação ingenuamente psicológica. A explicação metafísica tem para Comte uma importância sobretudo histórica como crítica e negação da explicação teológica precedente. Desse modo, os revolucionários de 1789 são "metafísicos" quando evocam os "direitos" do homem - reivindicação crítica contra os deveres teológicos anteriores, mas sem conteúdo real.
c) O estado positivo é aquele em que o espírito renuncia a procurar os fins últimos e a responder aos últimos "por quês". A noção de causa (transposição abusiva de nossa experiência interior do querer para a natureza) é por ele substituída pela noção de lei. Contentar-nos-emos em descrever como os fatos se passam, em descobrir as leis (exprimíveis em linguagem matemática) segundo as quais os fenômenos se encadeiam uns nos outros. Tal concepção do saber desemboca diretamente na técnica: o conhecimento das leis positivas da natureza nos permite, com efeito, quando um fenômeno é dado, prever o fenômeno que se seguirá e, eventualmente agindo sobre o primeiro, transformar o segundo. ("Ciência donde previsão, previsão donde ação").
  Acrescentemos que para August Comte a lei dos três estados não é somente verdadeira para a história da nossa espécie, ela o é também para o desenvolvimento de cada indivíduo. A criança dá explicações teológicas, o adolescente é metafísico, ao passo que o adulto chega a uma concepção "positivista" das coisas.
(²) São igualmente metafísicas as tentativas de explicação dos fatos biológicos que partem do "princípio vital", assim como as explicações das condutas humanas que partem da noção de "alma".


Saiba mais:
http://www.youtube.com/watch?v=C6oAjyYnXEw
http://www.mundodosfilosofos.com.br/comte.htm
recadox.com.br
www.educarparacrescer.com.br

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Emília Ferreiro


 Emília Ferreiro nasceu na Argentina em 1936. Doutorou-se na Universidade de Genebra, sob orientação do biólogo Jean Piaget, cujo trabalho de epistemologia genética (uma teoria do conhecimento centrada no desenvolvimento natural da criança) ela continuou, estudando um campo que o mestre não havia explorado: a escrita. A partir de 1974, Emília desenvolveu na Universidade de Buenos Aires uma série de experimentos com crianças que deu origem às conclusões apresentadas em Psicogênese da Língua Escrita, assinado em parceria com a pedagoga espanhola Ana Teberosky e publicado em 1979. Emília é hoje professora titular do Centro de Investigação e Estudos Avançados do Instituto Politécnico Nacional, da Cidade do México, onde mora. Além da atividade de professora - que exerce também viajando pelo mundo, incluindo frequentes visitas ao Brasil -, a psicolinguista está à frente do site www.chicosyescritores.org, em que estudantes escrevem em parceria com autores consagrados e publicam os próprios textos.
Emília Beatriz María Ferreiro Schavi foi doutoranda de Jean Piaget. Promoveu a continuidade do trabalho de Piaget sobre epistemologia genética - uma teoria do conhecimento centrada no desenvolvimento natural da criança - estudando um campo que ele não havia explorado: a escrita.
A partir de 1974, na Universidade de Buenos Aires, desenvolveu uma série de experimentos com crianças que deu origem às conclusões apresentadas na sua mais importante obra: Psicogênese da Língua Escrita, publicado em 1979 e escrito em parceria com a pedagoga espanhola Ana Teberosky. A obra apresenta os processos de aprendizado das crianças, chegando a conclusões que puseram em questão os métodos tradicionais de ensino da leitura e da escrita.
Emília afirma que a construção do conhecimento da leitura e da escrita tem uma lógica individual, embora aberta à interação social, na escola ou fora dela. Neste processo, a criança passa por etapas, com avanços e recuos, até se apossar do código linguístico e dominá-lo. O tempo necessário para o aluno transpor cada uma das etapas é muito variável.
De acordo com a teoria exposta em Psicogênese da Língua Escrita, toda criança passa por quatro fases até que esteja alfabetizada.
·         Pré-silábica: não consegue relacionar as letras com os sons da língua falada;
·         Silábica: interpreta a letra a sua maneira, atribuindo valor de sílaba a cada uma;
·         Silábico-alfabética: mistura a lógica da fase anterior com a identificação de algumas sílabas;
·         Alfabética: domina, enfim, o valor das letras e sílabas.
Nos anos 1980, suas ideias causaram no Brasil um grande impacto sobre a concepção que se tinha do processo de alfabetização, influenciando os Parâmetros Curriculares Nacionais. Emília é hoje professora titular do Centro de Investigação e Estudos Avançados do Instituto Politécnico Nacional, da Cidade do México.



Saiba mais:
www.google.com.br
www.youtube.com/palestra-emilia-ferreiro-outubro de 2006

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Paulo freire


O mais célebre educador brasileiro, autor da pedagogia do oprimido, defendia como objetivo da escola ensinar o aluno a "ler o mundo" para poder transformá-lo.

Paulo Reglus Neves Freire (Recife, 19 de setembro de 1921  São Paulo, 2 de maio de 1997) foi um educador, pedagogista e filósofo brasileiro. É Patrono da Educação Brasileira.

Paulo Freire é considerado um dos pensadores mais notáveis na história da Pedagogia mundial, tendo influenciado o movimento chamado pedagogia crítica.
A sua prática didática fundamentava-se na crença de que o educando assimilaria o objeto de estudo fazendo uso de uma prática dialética com a realidade, em contraposição à por ele denominada educação bancária, tecnicista e alienante: o educando criaria sua própria educação, fazendo ele próprio o caminho, e não seguindo um já previamente construído; libertando-se de chavões alienantes, o educando seguiria e criaria o rumo do seu aprendizado. Destacou-se por seu trabalho na área da educação popular, voltada tanto para a escolarização como para a formação da consciência política.
Autor de Pedagogia do Oprimido, livro que propõe um método de alfabetização dialético, se diferenciou do "vanguardismo" dos intelectuais de esquerda tradicionais e sempre defendeu o diálogo com as pessoas simples, não só como método, mas como um modo de ser realmente democrático.
Em 13 de abril de 2012 foi sancionada a lei 12.612 que declara o educador Paulo Freire Patrono da Educação Brasileira.
Foi o brasileiro mais homenageado da história: ganhou 41 títulos de Doutor Honoris Causa de universidades de Harvard, Cambridge e Oxford.
Sua família fazia parte da classe média, mas Paulo Freire vivenciou a pobreza e a fome na infância durante a depressão de 1929, uma experiência que o levaria a se preocupar com os mais pobres e o ajudaria a construir seu revolucionário método de alfabetização. Por seu empenho em ensinar os mais pobres, Paulo Freire tornou-se uma inspiração para gerações de professores, especialmente na América Latina e na África.
O talento como escritor o ajudou a conquistar um amplo público de pedagogos, cientistas sociais, teólogos e militantes políticos, quase sempre ligados a partidos de esquerda.
A partir de suas primeiras experiências no Rio Grande do Norte, em 1963, quando ensinou 300 adultos a ler e a escrever em 45 dias, Paulo Freire desenvolveu um método inovador de alfabetização, adotado primeiramente em Pernambuco. Seu projeto educacional estava vinculado ao nacionalismo desenvolvimentista do governo João Goulart.
Na política, integrou o Partido dos Trabalhadores, tendo sido Presidente da 1ª Diretoria Executiva da Fundação Wilson Pinheiro, fundação de apoio partidária instituída pelo PT em 1981 (antecessora da Fundação Perseu Abramo); além de Secretário de Educação da Prefeitura Municipal de São Paulo na gestão petista de Luiza Erundina (1989-1992).
Aula em Angicos, em 1963: 300 pessoas alfabetizadas pelo método Paulo Freire em um mês. Foto: acervo fotográfico dos arquivos  Paulo Freire do Instituto Paulo Freire



Saiba Mais:
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